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FMI prevê primeira contração da história do PIB mundial



O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou nesta quinta-feira que o Produto Interno Bruto (PIB) mundial registrará este ano sua primeira contração na história, que ficará entre -0,5% e -1,0%.

Para as economias avançadas, o FMI prevê uma "recessão profunda", com um retrocesso do PIB de -2,6% nos Estados Unidos e de -5,8% no Japão, países que correm um "risco elevado" de deflação, e de -3,2% na zona euro.

Nos países emergentes e em desenvolvimento, a previsão de crescimento foi da mesma forma reduzida, ficando entre 1,5% e 2,5%.

"A atividade econômica mundial está caindo, com as economias mundiais registrando a baixa mais forte do pós-guerra, apesar de esforços públicos enérgicos", constatou o FMI.

Segundo a instituição, o prolongamento da crise financeira minou a atividade econômica mundial além do que havia sido antecipado.

Para o ano que vem, o FMI prevê um crescimento de entre 1,5% e 2,5%, um número "muito baixo em termos históricos", disse um alto funcionário do organismo, que pediu para não ser identificado, em uma teleconferência realizada hoje em Washington.

Estas previsões estão contidas numa nota que o FMI redigiu para preparar a reunião dos ministros do G20, no fim de semana, em Londres.

O Fundo indicou que os Estados não fizeram o suficiente frente à recessão. Ele calculou que dentro do G20, seu objetivo de dedicar o equivalente a 2% do PIB a planos de retomada ainda não foi atingido.

"As respostas nacionais à crise mundial estão apenas começando. As medidas continuam sendo necessárias para restabelecer a estabilidade financeira", afirmou a instituição multilateral.

"Atrasos na adoção de políticas globais para estabilizar as condições financeiras devem agravar a espiral negativa entre a economia real e o sistema financeiro, levando a uma recessão ainda mais profunda e longa", segundo o FMI.

"Na realidade, com os avanços limitados até aqui para resolver o problema dos ativos invendáveis, a incerteza em torno da capacidade de solvência dos bancos continua elevada, impedindo uma volta da confiança dos mercados. As condições do crédito continuam gravemente deterioradas", explicou.

O FMI deve publicar em abril previsões mais detalhadas, antes de sua tradicional reunião de primavera.

Fonte:Último Segundo

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